10 itens a serem verificados na vistoria de imóveis
adquiridos
na planta
De acordo com José Carlos Ribas, engenheiro civil, ouvidor
do CREA/MS, a primeira coisa a ser feita é a
comparação entre o que foi contratado e o que foi entregue através do memorial descritivo,
fornecido pela construtora.
A a vistoria deve ser realizada com boa iluminação,
pois nestas condições quaisquer falhas e imperfeições ficam mais visíveis. O
advogado especialista em direito imobiliário na Henrique Guimarães Advogados Associados, Henrique
Guimarães, aconselha que, caso o consumidor opte por não contratar
acompanhamento especializado na vistoria, ele deve levar alguns objetos que lhe
serão úteis para a ocasião: trena (para comparar as medidas dos cômodos),
bolinha de gude (para medir o nível do piso), lâmpada e soquete, máquina
fotográfica, e carregador de celular.
O cliente deve abrir todas as torneiras e
verificar se a água está saindo com facilidade e ainda, verificar se não há
vazamentos. Para isso, as torneiras devem ficar por alguns minutos abertas,
mancha em uma parede por onde passa tubulação é um indicador de vazamentos,
afirma o engenheiro José Carlos Ribas.
É importante se dirigir até o quadro de distribuição e
observar se todos os disjuntores possuem identificação (chuveiro, tomada,
iluminação, cozinha). Essa identificação é necessária para que, em caso de
emergência, o morador possa desligar apenas a chave que necessita. Também
dentro do quadro de distribuição tem que constar um disjuntor geral.
Ainda na parte elétrica, é preciso testar todos os interruptores acendendo
todas as lâmpadas. Com o carregador de celular teste as tomadas para
ver se todas funcionam corretamente. Também é importante ter a consultoria de
um profissional para verificar o dimensionamento da fiação da casa, que, se for
muito fina, além de aquecer, pode aumentar o custo da energia. O advogado
Henrique Guimarães chama a atenção para verificar se os pontos elétricos de
telefone e antena de TV estão nos locais corretos.
Nas paredes devem ser observadas a pintura,
rachaduras, porosidades, ondulações e manchas. O engenheiro José Carlos Ribas
diz que, a aproximação de luz na parede pode demonstrar imperfeições não
visíveis a olho nu. O rodapé da parede deve ser observado e caso haja mancha é
porque não foi feita uma fundamentação adequada, lembra o engenheiro.
De acordo com o arquiteto Gil de Camillo, da Gil Carlos de Camilo Arquitetura, deve ser verificado se
o rejunte está liso, se há diferença entre as peças. O
Advogado Henrique Guimarães pede atenção para o nivelamento do piso e o
engenheiro José Carlos Ribas, chama atenção para a colocação, se esta bem
colocado, pois pode acontecer de ter pisos soltos.
No telhado, o engenheiro ressalta a importância da
presença de um profissional, pois pode acontecer de a construtora utilizar
madeiramento “verde” que, com o passar do tempo, pode causar problemas, como
dobrar e com isso causar infiltração.
Contudo,
o maior problema em imóveis comprados na planta, de acordo com os
especialistas, está na qualidade dos materiais, uma vez que sua especificação é
feita em um momento, mas quando chega à execução, os materiais podem sair de
linha, sendo utilizado uma opção similar que deve ter seu valor próximo ao
acordado, não havendo garantia da qualidade. Lembrando que esta não é uma
prática de todas as empresas, mas pode acontecer, ressalta o arquiteto Gil
Carlos e o engenheiro José Carlos Ribas.
Desta
forma, para que o cliente tenha garantias, deve fazer uma pesquisa detalhada
sobre a construtora atestando sua capacidade técnica, onde será verificado quem
é o responsável pela construção, e, nesse sentido, o CREA fornece informações
sobre os profissionais técnicos, se há ou não reclamações entre outras
informações.
Diante
disso, fica a dica: Contrate um especialista. Vale a pena pagar um pouco a mais
e ter um relatório detalhado evitando problemas futuros, uma vez que há prazo
para reclamações de defeito e é bem mais fácil resolver qualquer falha enquanto
o imóvel ainda está vazio e sob a custódia da empresa, do que depois de
entregue e mobiliado, lembra o engenheiro José Carlos Ribas e o advogado
especialista em direito imobiliário Henrique Guimarães.
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